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A Abadia de Wiblingen é um grande mosteiro localizado ao sul da cidade de Ulm, no estado de Baden-Württemberg, no sul da Alemanha. Foi fundada em 1093 pelos monges beneditinos. Tornou-se amplamente conhecido por sua disciplina, em particular seu “scriptorium”, uma sala onde os monges produziam obras de literatura ilustradas altamente detalhadas. O projeto para uma biblioteca de dois andares na ala norte da abadia, surgiu em 1740 com o abade Meinrad Hamberger. 

Segundo o autor, Jacques Bosser, em seu livro “As Mais Belas Bibliotecas do Mundo”, o abade queria um espaço que “despertasse nos monges um novo desejo e um novo amor pelos exercícios espirituais e eruditos”.

O espaço precisava ser tão bonito quanto ideal para estudar. Inspirado pelos gostos luxuosos de Luís XIV, o estilo rococó estava em pleno andamento na Europa no século XVIII. O talento do rococó para detalhes ornamentados e tons pastéis suaves caiu perfeitamente ao elaborado salão da biblioteca que Hamberger imaginou. 

De acordo com o site do Mosteiro de Wiblingen, o abade contratou o artista, Franz Martin Kuen, para produzir os impressionantes afrescos iconográficos que decoram o teto do salão. Kuen começou em 1744 e terminou o gigantesco trabalho em apenas seis meses, usando tintas a partir de pigmentos naturais. No centro da pintura está uma figura feminina cercada por anjos.


Depois de estudar com os pintores rococó italianos, Tiepolo e Piazzetta na Itália por seis anos, Kuen voltou a Wiblingen e terminou de decorar o salão com retratos de figuras históricas.O salão da biblioteca em si é um retângulo simples de 22,7 por 11 metros. É decorado com pisos e colunas de mármore, estátuas de ouro e portas esculpidas e já teve dois andares de livros com mais de 15.000 obras. As lombadas dos livros foram pintadas de branco ou cobertas com papel de cor clara para que se misturassem com o desenho do afresco acima delas. No entanto, destes, apenas 96 livros originais permaneceram já que a maioria foi roubada pelos franceses durante as guerras napoleônicas de 1803 a 1815 e o restante foi confiscado pelo rei de Württemberg durante a secularização. 

Detalhes de uma porta (Michael Schreiber/Unsplash

Uma escada conecta o primeiro e o segundo andares do salão da biblioteca, e o piso central é circundado por oito estátuas de madeira pintadas e esculpidas por Dominikus Hermenegild Herberger, representando Jurisprudência, Ciências Naturais, Matemática, História, Obediência, Renúncia ao Mundo, Fé e Oração. Acima das portas de entrada há uma inscrição em latim celebrando a rica generosidade da biblioteca que diz, conforme traduzido: Todos os tesouros da sabedoria e da ciência.



Na década de 1840, a Abadia de Wiblingen foi usada como quartel militar até o final da Segunda Guerra Mundial. 
Depois da guerra, abrigou refugiados (Dobin Dmytro/Shutterstock)



Hoje, a magnífica abadia abriga parte da faculdade de medicina da Universidade de Ulm e está aberta ao público como destino turístico. Seu esplendor rococó é ao mesmo tempo um testemunho da história e uma celebração da opulência. 

Fonte: The Epoch Times



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